


Realizou-se hoje a primeira das reuniões agendadas pela EMEL para debater com os comerciantes do bairro, a aplicação do projecto de gestão do estacionamento anunciado publicamente no dia 15 deste mês.
O auditório 1 dos Salesianos, encheu com cerca de 250 pessoas, que animadamente debateram com o Presidente da Administração da EMEL Júlio Almeida durante cerca de 3 horas.
A maior parte dos reparos apresentados, criticaram fortemente a EMEL por tentar aplicar um projecto quase desconhecido para a maioria dos moradores, uma vez que a distribuição das cartas dando conta do que iria ser praticado a partir de 1 de Agosto, não chegou a muitos dos destinatários, por deficiente distribuição.
Entre as queixas que muitos comerciantes apresentaram, a mais forte refere-se ao deficiente estudo da EMEL quanto às condições culturais e sociais do bairro, manifestando um completo desconhecimento daquilo que seriam os efeitos da aplicação tal como foi apresentada, com efeitos devastadores para o comércio local.
Chegou a dizer-se que se estas medidas avançassem seria a facada final, num comércio que está a sofrer na pele as más condições económicas que o país atravessa.
Apesar da administração da EMEL repisar a ideia de que não era cega, surda nem muda, numa posição dialogante como que a querer dizer que este projecto poderia ainda ser alterado, nem sempre a plateia deixou que as suas queixas fossem aplacadas por palavras doces, e por vezes os ânimos exaltaram-se com algumas posições mais radicais.
A EMEL aduzindo das suas razões para apresentar três zonas diferentes de estacionamento, confessou não ter ideia de qual é o fluxo real do tráfego ao longo do dia, numa justificação de fraco profissionalismo, em questão capaz de mexer com tantas vidas e empregos. Acusada de apenas cobrar receitas e de não produzir qualquer serviço, aquela entidade tentou não se comprometer com qualquer decisão antes da reunião com o público em geral, marcada para 4ª feira.
Muito instada, acabou por aceitar dizer que as medidas para já iriam ser retardadas mais um mês, tapar as placas que já estavam afixadas e a criar diminuição de afluxo de clientes, por induzirem em erro quem não sabe que ainda não estão a ser aplicadas as novas regras de tarifário e zonas restritivas. Nada foi respondido quanto à pergunta sobre os custos que estas medidas mal preparadas já acarretaram para o erário público.
Outra situação que parece vir a merecer a aprovação daquela empresa camarária, prende-se com o reconhecimento de que a demarcação das zonas é contraproducente para todos, e a Junta de Freguesia de Santo Condestável espera que até ao fim deste mês sejam divulgadas em todas as caixas de correio do bairro, as decisões que vierem a ser tomadas, fruto destas manifestações de vontade popular, que afrontam o quero, posso e mando da EMEL.
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