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sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Centro de saúde rebenta pelas costuras


A saúde é uma das preocupações que todos temos, especialmente quando nos falta.

O estado de degradação a que chegaram estes serviços em muitos locais é confrangedor, e naquilo que de mais perto nos preocupa, o Centro de Saúde que serve grande parte de Campo de Ourique e se localiza na Rua do Patrocínio, tem vindo a prestar cuidados médicos de modo preocupante.

O Tribunal de Contas publicou esta semana números calamitosos sobre o volume de cidadãos que não têm Médico de Família: cerca de 1, 740 milhão de utentes. Se bem que prontamente desmentido pelo ministério respectivo, como vem habitualmente a ser seguido por muitos outros governantes, se os números não forem precisos, a diferença não será grande.

A avaliar pelo que se fala no bairro, a prestação de serviços neste centro é pior cada dia que passa. Ao abandono do serviço por vários médicos, as condições de atendimento foram há cerca de um mês atenuadas pela contratação de mais um médico para acudir à ruptura permanente da marcação das consultas, em especial daqueles que não têm médico distribuído. Os efeitos positivos se se fizeram sentir, não são significativos.

É de bradar aos céus assistir ao desespero com que muitos idosos se confrontam com as peripécias que têm de ultrapassar para uma consulta, pedir novas receitas para tratamentos continuados ou mostrar resultados de análises ou exames.

Não querendo apontar nada ao pessoal do atendimento (últimos a serem culpabilizados pelo estado a que isto chegou), as modalidades que apresentadas para se conseguir marcar qualquer consulta são por vezes desumanas. É a obrigatoriedade de marcar pelo telefone, é a impossibilidade do atendimento presencial, são as dificuldades de comunicação com que lutam pessoas já com algumas deficiências auditivas, não falando das restrições de consultas para atendimento de urgências, é um sem número de questões com todo um tipo de resposta inadequado à necessidade dos utentes.

São os efeitos da tal crise que tem as costas largas?

Respostas urgentes precisam-se. Se as previsões de pandemia da gripe A para daqui a dois ou três meses se confirmarem, são estes serviços que vão responder ao incremento da afluência e das preocupações dos doentes?

6 comentários:

  1. Todos os comentários ofensivos serão apagados, como aconteceu há pouco com um que aqui foi colocado.
    O autor do blogue é responsável criminalmente por todos os comentários que aqui virem à luz, pelo que não contemporizará com ofensas pessoais.

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  2. então se não dá para desabafar, nunca mais cá venho, vocês que são tão bons quero ver que alterações se vão verificar com tantos problemas que dizem haver no bairro. (como disse vocês são tão bons, não sei se tb irão curtar este comentário, ah não é só os ofensivos)... fantochada

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  3. uma boa opção é o hospital inglês, como já está liberto e já tem as infraestruturas necessárias porque não? assim não era mais um edifício esquecido ao abandono

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  4. O SR. Delegado de Saúde Nacional costuma andar a passear em Campo de Ourique, Ainda ontem a noite la andava a entrar e sair dos restaurantes...

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  5. Quando me refiro às condições de atendimento no Centro de Saúde, preocupo-me mais com a marcação das consultas e atendimento de utentes, do que condições físicas do edifício. Não me parece que isso seja o mais crítico. Não é fácil de um momento para o outro encontrar e pagar verbas para acomodar melhor as pessoas, se nem sequer há médicos suficientes. Isto sim, parece-me o mais grave.

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  6. O que soube pela minha mãe, frequentadora assídua do Centro de Saúde e do ser Livro de Reclamações, é o seguinte:

    1º Neste momento já não existem médicos de família – pelo menos para urgências – mas sim o Médico do Dia, que pode ser qualquer um de qualquer lado. Até agora cada médico tinha 5 consultas reservadas para urgências,que eram marcadas obrigatoriamente por telefone, daí a lotaria do concurso da rádio, mas como quase já não há médicos isso acabou.

    2º Confirma-se que há apenas uma empregada de atendimento aos pisos, e que por acaso já tem mais de 65 anos. E a senhora não é o St. António, por isso não pode estar em vários lados ao mesmo tempo, o que resulta em que se ela estiver a dar apoio ao piso 1 – Injectáveis e Tratamentos, não pode dar apoio ao piso 2 – Consultas.

    3º Continua a ser analisada a hipótese de junção dos Centros de Saúde de Campo de Ourique e Estrela, com a deslocação do nosso para as instalações do outro, que é numa perpendicular à Rua de Stº Ana, já do outro lado da Infante Santo.

    Como os hospitais não gostam nada de urgências pouco “urgentes” e os SAP desapareceram, aconselho a quem não tem seguros privados a não adoecer sem aviso prévio.

    Quanto às condições físicas do prédio… caros bloggers, façam o favor de se lembrarem que estão no pais real e não no que gostavam que fosse. E neste pais real há centros de saúde que foram antigas escolas primárias, feitas em barracão e temporárias, encerradas por falta de condições e depois passadas a centro de saúde. Isto é: o nosso é mau, mas há muito pior por aí. Não quer dizer que nos devamos contentar com o mau, mas a mudar há que o fazer começando pelo pior.

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